segunda-feira, 25 de maio de 2009

RPGs - Lv Up ou Lv Down? Parte 2: SquareSoft

Não só de de pão vive o homem, assim como não só de Final Fantasy vive a (antiga) SquareSoft. Mesmo sendo o jogo que salvou a empresa da falência, repetir apenas um título é pedir para ser espancado. Você tem que explorar mundos diferentes, culturas diferentes, personagens diferentes e sequelas diferentes. E você acha que a SquareSoft não conseguiu tal feito? Aha! Se engana!

Chrono Trigger não deve ter sido o primeiro a não levar o intuito da Fantasia Final (na verdade acho que foi Secret of Mana), mas com certeza foi o mais marcante. Vamos começar dizendo que esse jogo foi feito pelo Dream Team da Square, ou seja, era o time mas bem formado para se fazer um jogo naquela época (Nobuo Uematsu e Hinorobu Sakaguchi, só pra citar os que eu lembro). Então TUDO nesse jogo foi feito com o extremo cuidado e refinamento. A história foi soberba, misturando fatos com os personagens e suas viagens no tempo ser um drama digno de um escritor de livros renomado. Os cenários foram bem diversificados e as dungeons não eram complexas, o que facilitava a vida de um gamer novato.
Em termos de sistemas de combate, CT conseguiu misturar um estilo inteligente e MUITO simples, o que não fazia você ficar enjoado com as batalhas. O sistema de equipamentos ficou bem no estilo FF, ou seja, simples e prático. Uma novidade para esse tipo de jogo, era a quantidade absurda de finais: Mais de 7. Isso fazia o fator REPLAY ir as alturas.
Existem MILHÕES de coisas que eu posso falar com CT, mas daí eu iria usar esse post inteiro.

Vou pra suposta continuação dele: Chrono Cross.
Ah... Chrono Cross... Quantas horas eu joguei aquele jogo? 80 h? 90 h? Eu não sei o quanto, mas sei que foi MUITO! Como CT, esse jogo também dispõe de mais de 10 finais, e eu zerei 8 deles.
Bom, isso indica o quanto eu fiquei viciado nesse jogo.
Começando com o sistema de combate, único e inovador. Confuso para quem não sabe ler muito inglês, mas muito bom. Divindo os Elements em 6 categorias, cada um com um nível e um efeito diferente. O foda é entender onde colocar isso na grade de magias... Mas depois que tu entende, tudo fica um mar de rosas.
As músicas foram tão bem compostas, que até hoje eu as escuto. Mas diferente do que alguns esperavam, quem as compôs não foi o grande Uematsu, e sim, o inigualável Yasunori Mitsuda, que fez outros trabalhados exemplares e dignos de respeito.
Não se tem muito com o que reclamar dos personagens. Com uma quantidade invejosa de mais de 40 personagens jogáveis (você não leu errado. São mais de 40 mesmo), cada um com um estilo único de falar e interragir com os outros. É também. é claro, cada um com sua arma específica e seu estilo de combate. Se for para reclamar de algo, eu reclamaria de alguns personagens sequelados, como Korcha (um cara de sunga vermelha que usa uma vara de pescar), Mojo (literalmente, ele é um espantalho) ou Pip (um tipo muito esquisito de cachorro... eu acho...).
A história é a única parte que você pode torcer o nariz. Ele não é bem uma continuação de CT, pois se passa em uma outra dimensão. Mas é tão confuso, que você pode achar que é na mesma, pois Lucca, Crono e Marle aparecem nesse jogo. Contando o fato de que Guile era pra ser Magus, Gleen, que é o Frog humano e a Leah, que é a avó / neta / filha ou seja lá qual for a porra do parentesco dela com Ayla. Ainda sim, mesmo com tantas confusões, é um jogo que ficou marcado no coração dos RPGistas e é fortemente recomendado se você ainda não o jogou.


Se é para falar em "mudar o contexto", esse paradigma se resume em Xenogears. Eu ainda tenho certos pesadelos com esse jogo...
Veja bem, antes de mais nada, devo confessar que é uma das minhas franquias preferidas. Mas eu sei que nem tudo é perfeito...
Xenogears abordava os Mechas, os grandes robôs no estilo japonês. Eles eram a grande graça do jogo, podendo ser customizavel com equipamentos caros para modificar os sistemas de combustiveis ou melhorar sua armadura. Diferente de jogos como Front Mission, esses Mechas não usavam armas de fogo (com exceção dos inimigos), e sim, seus punhos ou armas melee. E isso era simplesmente animal! Voce podia fazer diversos Combos que poderiam estraçalhar até mesmo Deus (a propósito, isso é bem possível, já que ele é o último Boss...).
As lutas fora dos robôs eram tão empolgantes quanto dentro, pois o sistema de batalha era simplesmente animal, deixando você desferir uma boa quantidade de combos nos inimigos.
Agora o que mais chamava a atenção, era a história MUITO complexa. MUITO MESMO! Eu não sei quantos meses o diretor de roteiro demorou para terminá-lo, mas com certeza, ele deve ter criado calos nos dedos de tanto escrever. Para nós, isso é uma parte muito boa, pois podemos nos entrenter por longas horas com uma história animal enquanto explodimos bases inimigas com nossos punhos do mecha! A sim, e para quem gosta de história envolvendo o catolicismo, tem um prato cheio com esse jogo, já que é um assunto comentado o tempo todo.
Mas aí pode haver um pequeno porém. Como o jogo foi programado minuciosamente, algumas coisas as vezes beiravam o absurdo. Talvez o maior exemplo disso seja os NPCs, que FALAM PRA CARALHO!!! Em qualquer outro RPG, o NPC conta algo sobre uma certa pessoa, uma certa localidade, um certo item ou apenas nada de útil. Em Xenogears, TODOS os NPCs do jogo tentam te explicar a MERDA DA ORIGEM DO UNIVERSO! TODOS!!! Isso pode irritar os menos pacientes e até mesmo fazê-los desistir do jogo.
Ainda sim, eu adoro ele. e realmente o recomendo, se você tiver muita paciência. Muita...


Por falar em Mechas, já vou falar de outro excelente jogo dessa grande empresa: Front Mission. Esse jogo também pode ser considerado uma verdadeira inovação para o seu gênero (no caso, o RPG Tático), pois foi um dos primeiros a descrever inúmeros detalhes de peças do seu robo. Cada peça é cuidadosamente detalhada como peso, qualidade, status e até mesmo fabricante! Diz a lenda que se você usar peças do mesmo fabricante, você até ganha um bônus em status, mas eu não confirmei isso ainda. Como sistema de combate, é dificil falar de um determinado, pois a cada jogo novo, ele muda um pouco. Mas em todos eles, o sistema de AP é basicamente o mesmo (tirando o FM Alternative, é claro). Dependendo para onde você ta indo e que ação vai tomar, é necessário um tanto de AP. Andar, usar Dash (no caso de FM 3), atacar, curar (sim... curar peças de metal... isso existe sim) ou usar um item (é... também tem...). Cada ação requer uma determinada quantidade de AP, e cada Mecha tem um tanto diferente do outro. O sistema de Links que FM 4 criou também ficou muito bom, pois acrescenta a possibilidade de criar uma quantidade absurda de combos. Se bem que ela pode se tornar um incômodo, já que os inimigos também sabem usar ela maravilhosamente. Seja qual for o FM que você jogar, sempre existirá uma batalha que você vai achar impossível de se completar. Geralmente as últimas fases são uns verdadeiros infernos, e demandam 3X mais estratégia (e LVs...) do que as outras fases. A história do jogo em geral também é digno de uma boa nota e também de um grande discurso de política. Sério. O jogo tem tanta politicagem que até parece um jogo de Gundam! Mas isso não chega a atrapalhar a parte de explosões e tiros pra todos os lados! Oura recomendação minha!

Recomendação de um jogo da Square? Esse tem que ser Vagrant Story. Esse jogo é outra obra de arte dessa empresa. Um RPG de Ação onde a real moral é bater em determinadas partes do corpo do inimigo. Não é uma inovação nesse tipo de jogo, mas ainda sim, foi um dos melhores feitos com esse sistema. Mas vou logo avisando: diferente de alguns RPGs, onde você pode aprender a jogar na prática, sem ler os tutoriais por que não sabe ler inglês, aqui você irá ter uma bela dor de cabeça. Sem entender o sistema de manufaturamento dos equipamentos e mixagem com os itens certos, você estará perdido. É possivel que você irá parar no terceiro ou quarto chefe. Os estilos de combos e divisão de técnicas também pode ser complicado para os mais novos nessa área, já que se você não manjar um pouquinho, não vai conseguir causar mais de 2 de dano em um inimigo. E eu não estou exagerando. Sei muito bem disso, por que a primeira vez que eu joguei, eu era assim: não lia inglês muito bem e não era tão adepto ao RPG. Dai eu só me ferrei. Só fui adorar o jogo um tempo depois, quando eu fui ENTENDER ele. Daí ele fica imperdível. Aspectos como história e endrosamento com certos personagens e flashbacks do personagem principal também são muito bem colocados, deixando sempre uma atmosfera dramática e forte. Já as músicas são um caso a parte. Como eu ficava prestando atenção para não perder um membro do meu corpo, eu não ficava muito ligado com o som. Mas ruim não pode ser!

Um jogo que também me marcou foi Legend of Mana. Eu nunca tinha jogado os outros Manas antigos, então eu não posso afirmar nada sobre ligações na história ou sistemas de combate fiéis. Esse jogo é bem simples, com missões simples e história simples. Por um lado, chega até parecer um jogo infantil. E no início realmente parece. Só depois que você presencia alguns personagens morrendo e outros indo para o Inferno (sim, tem um que vai mesmo), é que a coisa empolga. O sistema de combate é simples: escolha uma arma de um certo tipo e use diferentes ataques dependendo da arma. Conforme você proguide com a tal arma, você ganha mais ataques, alguns muitos bonitos de se ver, por sinal. A única coisa que pode complicar e fazer você ficar procurando de um lado para o outro são as Quests Secundárias. As vezes, o jogo não te dá nenhuma pista que existe uma quest ali, mas ela ta lá, só esperando você ativar... Ou não. Algumas quests só são ativadas em certos Mana's Day ou se você tem um certo personagem com você em tal local. Querendo ou não, é um porre ficar levando um personagem de lá pra cá sem saber o que tem que fazer. Tirando isso, é um bom RPG 2D, com um estilo anime/fofo.

E para fechar com chave de ouro, vou falar sobre um dos meus RPGs favoritos (quer dizer, MAIS um deles): Parasite EVE. Esse jogo fez muitos fãs de Resident Evil e Alone in the Dark darem uma olhada diferente para os RPGs, por que basicamente, PE era eles + magias e levels. Exatamente. O estilo de combate do PE 1 ainda tinha um ar rpgistico, com batalhas (+ ou -) aleatórias, onde você tinha um certo campo que poderia andar. Ao apertar o botão de ataque, um círculo se abria a seu redor, mostrando a área que voce pode atacar. Ou atirar, já que você só usa armas de fogo. Ou magias. Parece uma combinação estranha não é? É a mesma coisa que fazer o Chris Redfield soltar um Firaga... Mas isso tudo é feito com maestria. PE 2 tinha mais a ver com os Survivors Horrors que o primeiro, pois esse jogo foi mais focado na ação do que no RPG. As magias estavam lá... Mas ter munição, uma arma fodástica e bons reflexos e habilidades no controle era mais importante. Se bem que sem magia, você vai sofrer um pouco com o último chefe. Em termos de história, ela não te decepciona. Principalmente depois de saber que ela foi tirada de um livro, só que é claro, com certas modificações. Músicas e efeitos sonoros são um ponto alto do primeiro, mas não do segundo. Estratégia e Raciocinio são pontos altos do primeiro, mas não do segundo. Correr de um bicho foda pra caralho que aparece aos montes é um ponto alto do segundo, mas não do primeiro. Querer fazer sexo com a protagonista é um ponto alto do primeiro e principalmente do segundo. Enfim... Até hoje, a única coisa que os fãs reclamam do jogo para a Square é: Por que diabos não tem um 3??? E a Square resolveu responder isso da forma mais imbecil possivel: Irá ter um 3!!! E ele já está em produção!!! Só que é para PSP... Mais alguém aí ta afim de mandar eles tomarem no cú?

Gente, essa é a segunda parte, mas não achem que acabou! Eu tenho muito a falar do meu gênero predileto e esse é só o começo! E pra esse post, eu devo ter colocado algumas coisas fora de ordem, já que faz algum tempo que eu não jogo certos jogos. Mas imagino que não deve ter saído muito da cachola! Tomara...

Até a próxima!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Portuguenização (?)

Esse vai ser um tópico bem estranho. Eu só queria deixar bem claro alguns aspectos de tradução.
Como assim você pergunta? Bem...
Durante anos jogando video-games, pelo menos UMA vez você deve ter pensado: "Pô, esse jogo seria tão mais animal se fosse em português!". Pois é, mas a gente sabe que as traduções são um ponto fraco quando assunto é GAMES. Em geral, mais ou menos 80% dos jogos existentes no mundo são japoneses. Desses 80%, apenas 60% são traduzidos oficialmente. Quase todos os jogos você nota que a tradução foi muito bem feita (do ano 2000 pra frente...). Só há má traduções mesmo em RPGs, onde muito da cultura/piadas internas/aspectos sociais/coisas retardadas dos próprios japoneses são levado em conta. Daí é onde fode tudo... MAS... Mesmo com uma tradução escrota, eu e quase todos os jogadores preferem entender o que está escrito e zuar com a tradução mais tarde (bem... A não ser que você saiba ler Japonês).
Mas quer saber que legal que ficaria se a gente fosse traduzir os jogos para a nossa língua? Quer mesmo? Então eu vou botar o nome de alguns jogos aqui e vocês tentam adivinhar qual é!

Tradução correta: Fantasia Final, Torneio Inreal, Medalha de Honra, Era dos Impérios, Guerreiros da Dinastia: Batalhas Extremas, Fantasia Efemera, Rosa de Vidro, Sangue Enferrujado, Banda de Rock, Herói da Guitarra, Invocador de Demônio, A Coisa, Bolas do Dragão: Torneio Mundial de Artes Marciais 3, O Rei das Lutas, Carta Magna, Efeito em Massa, Comandante Supremo, Esporo, Sagrado 2: Anjo Caído, Colina Silenciosa, Puro, Névoa, Pecado de um Império Solar, Segunda Vida, Sozinho no Escuro, Destrua Todos os Humanos, Alerta Vermelho, Espaço Morto, Chamado para o Dever, Sombra do Destino, Sopro de Fogo, Olhos Eternos, M.E.D.O.: Ponto de Extração, Sônico.

Tradução pela Rede Globo: Engrenagem de Metal Sólida: Comedor de Cobra, Engrenagens da Guerra, Pedra Preta, Dêmonho 2: O Senhor da Destruição, Filtro do Sifão, Samurai Africano, Resiência do Mal: Código Veronica, Deus Mão, Piloto de Corrida: GRID, Guerras do Halo, Estrelas do Oceano: A Última Esperança, 50 Centavos: Areia no Sangue, Perimetro 2: Nova Terra, Tom Clancy – Fim de Guerra, Prata, Fantasia da Estrela Online, Meia Vida: A Caixa Laranja, P.E.R.S.E.G.U.I.D.O.R.: Céu Limpo, Choque da Casca: Trilhas de Sangue, Necessidade de Velocidade: Debaixo da Terra 2, Conto da Sinfonia, Comando e Conquista: Guerra Tiberiana, Castelo da Vânia: Sinfonia da Noite, Gatilho do Cronômetro, Vampiros da Contagem Regressiva, Rugido Sanguinário, Crise do Dinossauro, Última Fantasia Tática, Trilogia do Combate Mortal, Lesma de Metal, Corações Vândalos, Deus Pai, Crime de Verdade 2: Cidade de Nova Iorque, Piloto, Morto ou Vivo, Esquerda Quatro Morto, Morto pra ta Certo ou Morto pra Direita, O Sangue Vai Falar, Medo Frio, Chamado do Juarez, O Diabo Pode Chorar 3: Dante Acordando, Homens-X: Lendas, Espírito Samurai, O Rei da Porrada, Guerra nas Estrelas: Cavaleiros da República Velha, Queimado: Vingança, Subida dos Argonautas, Rivais de Escolas, Porrada na Rua, SUJO, Cavaleiro Gabriel, Ninja Lâmina, Torneio de 1,00 R$, Metal Torcido: Na-Cabeça, Sombra Corações, Ninguém Vive Pra Sempre, 007: Agente Sobre Fogo, Sucado 2, Pilotando, Ogre de Batalha, Alma do Calibre 4, Seis Arco-Íris: Vegas, O Atelier de Íris.

Cara, se eu colocasse mais, eu ia esgotar o limite de caracteres... Mas e aí? O que achou? Me digam qual foram seus preferidos!

Até a próxima!!!