quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

RPGs - Lv Up ou Lv Down? Parte 1: Final Fantasy

Role Playing Game sempre foi o meu gênero de jogo preferido. Não sei exatamente quando esse vício começou, mas deve ter sido com Chrono Trigger, do SNES. Depois dele, institivamente eu comecei a procurar jogar mais jogos desse mesmo estilo. Por algum motivo não especificado da natureza, eu adorava passar quase uma hora treinando só para ganhar tal skill ou um certo tanto de dinheiro. Isso não foi diferente em Final Fantasy 5 e Secret of Mana, ambos para o mesmo console. Por mais complexos que eles tentavam ser, minha facilidade para a compreensão dos comandos e sistemas de batalha me fazia adorar ainda mais esse gênero.



O tempo foi passando e então surgiu o Playstation (1). Foi nesse video game que eu comecei a esquecer o mundo exterior só para ter mais tempo ganhando level e melhorando meus equipamentos. Como eu peguei o aparelho muitos anos depois do seu lançamento, dezenas de RPGs já haviam sido lançados para ele. Alguns até, por serem lançados um ou dois anos atrás, eram muito difíceis de se encontrar para comprar/alugar. E também, não era toda a locadora/loja que tinha RPGs a disposição, já que o que mais vendia, era os jogos de futebol ou de corrida.

É por isso que um dos primeiros RPGs que eu zerei para PS1 foi o Final Fantasy 9, meu FF preferido. Esse jogo marcou minha vida de gamer. Com um sistema completamente simples, enredo cativante, milhares de extras e a grande possibilidade de se poder jogar com outros 3 amigos utilizando o MultiTap, esse jogo me deixou maravilhado! Caramba! Como era legal ver os Summons com aqueles gráficos animais! Como era empolgante ver Ramuh atacar seu cajado elétrico bem do lado do monstro, eletrocutando-o! E Bahamut então!? Cara! Só não era tão animal quanto ver Ark entrando na atmosfera do nosso planeta e bombardeando os inimigos a apenas 2,5 metros de distância dos nossos personagens! Eu poderia colocar tudo o que eu acho de animal no jogo, mais daí, eu estaria meio que fugindo do assunto em que quero chegar.



Depois de ter zerado FF9 (3 vezes, por sinal), eu fui para FF7, que era um hype que todo o jogador de RPG DEVERIA jogar. Pois bem... Eu peguei os 3 cds do jogo e o joguei até zerá-lo. Bem, "zerar" não é o termo certo, pois eu deixei de fazer um monte de coisa! Exemplos: Derrotar a Esmerald Weapon. Para mim era impossível (obviamente, pois eu não tinha conseguido muitas matérias obrigatórias para matá-lo, como Final Attack ou Knigths of the Round); Pegar a Ultimate Weapon do Cloud (não... Eu não aguentei fazer aqueles jogos); Fazer o Chocobo Negro (eu nem sabia que tinha como!); e por fim, eu nem sequer peguei o Vicent (juro, eu não vi dica NENHUMA de como pegá-lo). Para fazer tudo isso, eu fui atrás de uma revista. E então eu fiz tudo, incluindo as outras 1000 coisas que deixei para trás.

Eu achei estranho o fato de eu te conseguido zerar o FF9 sem nenhuma revista ou dica de internet, mas o FF7, que era um jogo mais antigo, ter que ir desesperadamente procurar ajuda. Em volto de dúvidas, eu fui para FF8. Na locadora que eu frequentava, ele era adimirado como Deus. Quase todos na locadora gostavam de RPGs, mas de FF8 TODO mundo gostava.

Pois bem. Eu o peguei. Eu o joguei. E então consegui chegar ao final sem NENHUMA dificuldade (mesmo não conseguindo matar o Omega Weapon, pois eu não tinha nenhum Hero restante). E sabe por que? Porque eu fiquei no lv 99 NO PRIMEIRO MAPA!!! E todo mundo sabe que isso é possível, pois os monstros sempre evoluem com você. Então eles sempre dão o tanto certo de experiência dependendo do lv deles. Ou seja, se você fez 4 batalhas para aumentar de lv com aqueles monstros, no próximo lv, você levará exatas 4 batalhas para evoluir de novo! Show né? Eu também não to contando o fato de que os chefões eram os únicos que continuavam com os seus progamados lvs e magias. Ou seja, era possível matar os primeiros chefes com apenas 3 hits! Divertido pra caralho! Ou não...



O que eu aprendi depois de tudo isso? Cara, FF9 deve ter sido o jogo que arrumou toda a série! Deve ter sido o ápice! Deve ter sido o que salvou a empresa! Eu realmente pensava assim... Juro... Isso, é claro, até ver que quem realmente fez todo o estrondo da Squaresoft foi FF7. Sinceramente, eu sei o quanto FF7 é bom. Sei o quanto a história é boa, sendo uma das melhores que eu já vi, mas ainda sim, meu FF preferido é, e (pelo menos até onde eu sei) sempre será o 9.



O que me leva para o meu segundo FF preferido: FF Tactics. A primeira vez que eu vi esse jogo, eu estava na locadora e um colega estava o jogando. Eu fui obrigado a perguntar o que era aquilo, e quando ele me respondeu que era FFT, eu fiquei de cara. Eu tava pensando "peraí, desde quando FF é desse jeito!? Que coisa ridícula!!". Bem, obviamente isso foi bem antes de eu ter jogado exatas 335 horas do jogo e de ter pegado TUDO nele. Sim, TUDO.
Era a primeira vez que eu estava vendo um jogo do estilo RPG Tático, por isso, eu estava o estranhando. Mas foi eu colocar as mãos no jogo que toda a minha opinião mudou de uma hora pra outra. Foi só depois de ter jogado outros do mesmo gênero (vulgo Eternal Eyes, Vandal Hearts, Arc the Lad 3 e Koudelka. Eu zerei todos), que eu percebi o quanto FFT era perfeito! Seus sistemas complexos e muito bem trabalhados, a quantidade de Jobs e skills, as coisas secretas (que eram muitas, a propósito), os equipamentos diferenciados (e mal traduzidos, também) e é claro, a história bem cativante. Até hoje, ele é considerado o MELHOR RPG Tático existente. Pode perguntar pra qualquer um que goste desse estilo!



Nem mesmo FFT Advanced, para o GBA vingou. Eu imagino que todos devem ter esperado uma versão absurdamente boa, mesmo com as limitações gráficas e de tamanho de espaço. Mas o jogo não é ruim. O fato é que agora você joga com outra raças, que tem Jobs diferentes do que a gente já havia se acostumado. Pra muita gente isso é uma coisa legal, e pro resto, é uma coisa chata e idiota. Eu não tive nada contra isso, mas admito que algumas jobs eram esquisitas.
O que me deixou irritado no jogo foi a inclusão dos Juízes. Em toda batalha, existe um juíz e suas leis, que podem te proibir de usar magia de cura ou poder atacar com um arco. Se você quebra uma regra, você recebe um cartão amarelo. E se você quebra ela duas vezes, você ganha um cartão vermelho e vai para prisão. Se isso acontecer com o personagem pricipal, você ganha um GAME OVER. Legal né? Parece futebol, tirando a parte do game over e da prisão...



Um tempinho depois, eu comprei o FF Origins, que era uma versão especial do FF 1 e FF 2 lançada para o PS1. Eu os joguei, e acreditem se quiser, e os achei muito interessantes, ao mesmo tempo em que eram muito difíceis! Eu cheguei bem longe em FF 1, e o maior problema dele, é que as batalhas aleatórias no mapa, também tinham passos aleatórios para aparecer. Ou seja, é possível que depois que você saia de uma batalha, você dê 6 passos e faça outra batalha, ao mesmo tempo em que é possível que você de 1 passo e faça outra batalha!

Mas não foi por isso que eu não cheguei no final. Isso foi pelo fato de que eu comprei o PS2 e comecei a jogar apenas os seus jogos...



E é claro que FF X foi um dos primeiros RPGs que eu peguei pra jogar. Eu devo dizer que eu já tinha visto 3 pessoas zerando esse jogo, então eu já sabia praticamente tudo do jogo. Só tive que entender a história. E foi aí que começou a minha decepção. O que diabos os produtores estavam pensando? O clima é sempre muito triste, e quando eles tentam quebrar o clima, sai aquilo que nós vimos da risada forçada de Yuna. Tidus, o personagem principal é um cuzão. Eu não consigo pensar em outra palavra para descrevê-lo. Auron e Lulu são legais e salvam sua vontade de zerar o game. Kimahri é estranho e Wakka é o típico personagem risonho e brincalhão. A sim, Rikku também é engraçadinha, mas não passa disso. Cara, eu acho que os personagens de FF 1, que não têm personalidade nenhuma, são mais divertidos que esses!
Mas, tirando tudo isso, o estilo do jogo era legal. O sistema de combate ficou legal e simples. A nova barra de turnos te dava idéias do que fazer nos próximos turnos, abrindo ainda mais as opções estratégicas. E você tinha a possibilidade de alternar entre um personagem dentro e fora da batalha. Alguns cenários eram realmente muito bem desenhados. Os Summons também tinham muita importância, muito mais do que em FF 9.
Foi nesse jogo que a Square decidiu que 9999 para o dano máximo já estava ficando manjado. Então eles mudaram para 99999. Olha que criativo!
E é claro, a adição dos 3 níveis da magia Water. As Ultimate Weapons que são RIDICULAMENTE difíceis de se pegar (fale o que quiser, pular trovões por 200 vezes seguidas é IDIOTA!!!).

Querendo ou não, as coisas ruins quase que sobrepõe as boas...



Então analizaremos rapidamente a suposta continuação: FF X-2. Por algum motivo não especificado da natureza, esse é o único FF que teve uma continuação. Bem... Mesmo que a história é completamente diferente e o estilo de jogo também mudou... Mas ainda sim, você jogava com 2 dos 7 personagens existentes no jogo anterior. Mas você chegava a ver todos os outros, que estavam vivendo vidas normais (ou quase). A sim, e vou adicionar uma coisa que meu colega (Shiruba) adora dizer: "Esse FF foi feito para gurias!
O estilo de jogo realmente mudou. As batalhas eram mais rápidas e dinâmicas, pois os turnos voltaram a ser ATB No Wait, ou seja, quando a sua barra ou a dos monstros encher, eles atacam sem esperar ninguém. Mas isso não era o principal atrativo do jogo! A moral agora era as mudanças de jobs em tempo real! Sim!!! Você pode mudar de job a qualquer hora que quiser durante a batalha, dando espaço para um CG das personagens magicamente trocando de roupa bem na frente de sua cara (deixe-me ser bem claro na parte em que você controla 3 MULHERES). Isso era legal tanto pela parte visual quanto pela parte estratégica.
Um ponto ruim desse jogo são as coisas secretas, que também eram ridiculamente difíceis de se pegar (tem uma Quest onde você deve falar com TODAS as NPCs mulheres do jogo e responder umas perguntas para cada uma. GFY. A claro... Eu não estou contando com a Dungeon da Matemática...).

Eu gostaria de falar sobre o FF 11, mas isso não será possível, pois moro no Brasil e não tenho a coisa mais importante do mundo (dinheiro) para pagar os servidores do game. Sim, sim. Pra quem não sabe, FF 11 é um MMORPG e parece ser bom pra caralho.

E por fim, mas não menos importante, FF 12. Ah... Essa merda... Sim, essa merda. Com essas palavras. Esse foi o FF mais ruim que a Square já fez. Eu não joguei o Cristal Chronicles, do Game Cube, mas eu tenho certeza que é melhor que esse. Tudo bem. Quer saber por que ele é ruim? Simples: o combate não é mais em turnos, é em tempo real, estilo MMORPG. Então você pergunta: mais isso é tão ruim assim? E eu respondo: SIM!!! É RUIM PRA CARALHO!!! Você ASSISTE os combates... Eu quero JOGAR, e não ASSISTIR! E eu não estou exagerando. É assim mesmo que a coisa funciona. Eu imagino que, com o sucesso de FF 11, os produtores resolveram fazer um jogo do mesmo estilo, só que Offline... E eu já aceitei o fato que 90% dos jogadores da franqui FF gostaram do 12. Tanto é que ele vendeu milhões de cópias. Vai entender a cabeça dessa galera... Ah sim! Eu já mencionei que os Summons do jogo não são mais os clássicos que a gente está acostumado? Não né? E que os personagens não tem nenhum motivo para estarem com o personagem principal? E que a animação de finalização de combate é extremamente ridícula? E que o criador do jogo levou duas marretadas na cabeça antes de fazer o jogo? Pois é...
Acho que a única coisa "boa" nesse jogo são os gráficos...

Como eu já falei, eu não joguei o FF Cristal Chronicles e não posso falar nada dele. Também não posso falar daqueles REMAKES que sairam para os portáteis, pois eu não os possuo. Mas o que eu pude falar, está ai. Desculpem se eu falei alguma coisa que você não gostou, mas sinceramente, você já deve estar ciente que essa é a MINHA OPINIÃO. Pode ser que você tenha uma completamente diferente. Qualquer coisa, pode deixar o comentário que quiser aqui: seja reclamando pra cacete, ou elogiando pra caramba. Seja livre pra escrever o que bem entender.

Continua...